década de 60 - Um novo Brasil.

Contexto Histórico

Na década de 60, o Brasil passava por um severo regime militar, que durou 21 anos, conseqüente da guerra Fria e da 2° Guerra Mundial. A América Latina transformou-se em uma área de hegemonia norte-americana. Assim, qualquer político que buscasse ou idealizasse algum tipo de reforma era, simplesmente, considerado ( ou confundido) com comunista.
Esse foi caso de João Goulart que, após o suicídio de Getúlio Vargas (1945) e a renúncia de Jânio quadros (1961), assumiu a presidência brasileira. Ele apresentou um programa de Reformas de Base (agrárias, urbanas, tributarias, eleitorais e universitárias) que gerou caos e dividiu radicalmente a sociedade: a impressa, a Igreja, os EUA e os empresários. Com medo do comunismo, pediam o afastamento de Goulart; enquanto isso a UNE, os políticos e os intelectuais apoiavam as suas propostas.
Foi então, em 31 de Março de 1964, que ocorreu o golpe militar, implantando, assim, a ditadura militar.

UNE

Apesar da repressão que crescia rapidamente, por parte do governo de Castelo Branco (1964-1967), a organização mantinha-se funcionando clandestinamente. Esta decretou, no dia 22 de setembro de 1966, “dia Nacional da luta contra a ditadura”, além de que, nesse dia, 600 estudantes foram brutamente espancados na Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.
O ápice do movimento estudantil contra a ditadura é atingido com a “Passeata dos Cem Mil”, no Rio de Janeiro, em 26 de junho de 1968. Seus organizadores foram presos e, posteriormente, exilados, sendo seus principais líderes Luís Trarasso, José Dirceu, Vladimir Palmeira e Antônio Guilherme Ribas.

A Crescente exposição obrigou o governo a decretar o Ato Institucional n°. 5 (A.I. 5), totalmente autoritário. Assim, após a criação do A.I. 5, inúmeras lideranças estudantis engajaram-se na luta armada.

CCC

Além da Une, existiram outras organizações estudantis, esta, porém, em prol da ditadura ( da direita). O comando de caça aos comunistas (ccc).
Um conflito marcante, até os dias de hoje, foi a “Batalha Maria Antônia”, cujos militantes do ccc da Universidade Mackenzie entraram em choque com os estudantes da Faculdade de Filosofia da USP, considerados “agentes comunistas”. Terminou com um incêndio no prédio da faculdade da USP e a morte do estudante José Guimarães.
Evidencia, então, que o jovem desta época lutava bravamente pelos seus ideais, sejam eles de esquerda, sejam de direitas.