Década de 80 - Redemocratização brasileira.

Na década de 80 o Brasil passa um momento de redemocratização, aonde deixar de ser estado ditatorial para ser estado democrático. Este processo começa a ocorrer depois de um movimento civil chamado “Diretas Já!”, com participação maciça dos movimentos estudantis, que exigiam eleições presidenciais diretas.
O movimento das diretas iniciou se depois do pedido do então senador Teotônio Vilela, no programa Canal Livre da TV Bandeirantes, no ano de 1983, para que se criasse um movimento a favor de eleições diretas.
Então no dia 25 de janeiro de 1984, aniversário da cidade de São Paulo, ocorreu o grande comício por eleições diretas para presidente no Brasil. Desde então, o movimento ganhou as ruas e as mídias (nem todas, pois algumas eram a favor da ditadura).
Enfim, o último comício foi realizado no dia 16 de abril do mesmo ano, em São Paulo, com participação estimada de 1,5 milhões de pessoas. Dias depois o congresso aprovou a emenda constitucional que restabelecia as eleições diretas.
Com isso, o primeiro presidente eleito por voto direto, depois de 20 anos de ditadura foi Tancredo Neves, mas no dia da sua posse adoeceu e morreu dias depois. Sendo assim, quem assumiu em seu lugar foi seu vice, José Sarney, que iniciou o processo de redemocratização brasileira.
E com a redemocratização, vários partidos começaram a aparecer ou a mudarem de nome ou ideologias, neste momento ocorre, no que se pode chamar, de partidarização dos movimentos estudantis, aonde estudantes deslocaram se para vários partidos, principalmente para o Partido dos Trabalhadores (PT), que seguia tendências dos movimentos sociais e estudantis.
Mas, no final do ano de 1985, nasce a União da Juventude Socialista (UJS), que hoje representa o segundo maior movimento de estudantes. A UJS tornou se um movimento mais amplo, do que os outros já existentes, porque abrange não só os estudantes mais como qualquer jovem que tem o interesse de lutar pelos seus ideais, sejam eles políticos, sejam culturais.
Porém, depois das “Diretas Já!” percebe-se que os movimentos estudantis e juvenis passam por um momento de pouca euforia, já que o maior problema, a ditadura militar, havia sido resolvido. Todavia, pode se destacar, pequenos relatos de movimentos para melhoria na educação, a gratuidade do passe escolar, de metas para a diminuição da inflação.
Só que, a organização dos movimentos estudantis, a ligação a partidos e o aumento destas tendências, levaram vários jovens a se afastarem dos movimentos e não participar dos mesmos.
Assim, nesta década, observam-se grande ápice do movimento estudantil e juvenil, que os levaram as ruas para lutarem contra a ditadura militar, entretanto, com o fim da ditadura militar acarretou na partidarização de vários grupos estudantis e a sua organização começaram a repelir vários jovens para fora do movimento.